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10.6.11

O empenho da formadora Ana Oliveira

Entre os projectos para 2010/11, acção de formação de curta duração - Língua estrangeira Inglês era um dos objectivos.
Terminamos este curso e assim fica quase vencido este projecto. Já estamos matriculados condicionalmente, a aguardar a data do  inicio do próximo curso. Espero que seja breve...
Deixo-vos as fotografias do jantar comemorativo. E aproveito para agradecer a todos os meus colegas de curso a excelente relação que tivemos e à formadora Ana Oliveira todo o empenho e paciência que teve para comigo.
A todos Bem-Haja

5.6.11

A utilização da flor do cardo

Este amigo aproveita as ferias Ca dentro e ainda ganha o valor de sete viagens de ida e volta ao Brasil. As vantagens são o encontro com a natureza, por vezes desviar-se das cobras e lagartos. Ferroadas de abelhas que até produz efeitos benéficos na doença de reumatismo. A tesoura que usa e metade artesanal. O cesto tem dois suportes onde fixa o caule. Depois é só palmilhar estas terras abandonadas pela agricultura e ter uma força de vontade de gosar umas ferias ao sol de Portugal. Está convidado para uma segunda colheita e mais umas
fotos.
 Por estas terras havia muitas plantas, talvez mais de uma dezena! Agora ve-se pouco. Talvez por causa da tomada de posse das propriedades, por outras gentes, a quem tal planta diga pouco. Concordo, a flor é muito bonita! A planta tem uns espinhos terríveis.  Pois é, se não fazemos queijo, para que queremos o «cardo»? Engraçado! -Abelhas, Pólen, Cera, Mel, Cardo, Queijo. Como a natureza se liga, num sistema de sustentabilidade simples. Diria mais, a ferroada das abelhas produz efeitos benéficos na doença de reumatismo.
A quantidade de flores necessárias para a queijaria tradicional portuguesa é enorme - cerca de 140 toneladas por ano, numa estimativa grosseira. Com isso, a densidade do cardo no país está a diminuir e às vezes é preciso importa-lo de Espanha. Além disso, produzir aquela enzima em quantidade pode ser um bom negócio, dada a utilização da flor do cardo noutros países do Mediterrâneo.
Flor do cardo (Cynara cardunculus L.)Estas flores de cardeira são colhidas com uma tesoura quando a planta começa a ficar senescente, durante os meses de Junho e Julho, sendo depois secas á sombra, guardam-se as pétalas e pistilos para uso na indução da coagulação do leite durante a época do alavão, finais do Outono, Inverno e princípios da Primavera. Este coagulante de origem vegetal, tal como o leite de figueira, já era conhecido dos romanos.
Sendo frequentes os apreciadores de o queijo tradicional dizer: Tem o gosto do cardo. E é bem verdade, o cardo deixa no queijo um característico sabor bem identificativo da origem da sua feitura tradicional. Mais, a acção do cardo no coalhar do leite deve-se a uma enzima que existe nas suas pétalas que se denomina de "cardozina". Quando esta se usa em excesso tende em degradar demasiadas as proteínas do leite, conferindo um gosto amargo ao queijo. Mas mais importante, é o facto de esta ser a única enzima de origem vegetal usada no fabrico do queijo, todas as outras são de origem animal (ex: renina que é extraida do rumen dos vitelos).
A utilização da flor do cardo
A Flor do Cardo nasce espontaneamente em Portugal. Junho, Julho e Agosto são os únicos meses em que está em flor e, portanto capaz de ser usado para a coagulação do leite. A produção de queijo faz-se durante todo o ano, por isso os queijeiros têm de armazenar o cardo. A outra opção é comprar a planta a preços muito elevados. Tradicionalmente, seca-se a flor à sombra e produz-se depois um extracto aquoso que se adiciona ao leite. A parte da planta responsável pela coagulação é a flor, de forma tubular e cor violácea, que contém grande concentração da substância coagulante, a enzima cinarase.
Coagulação: é a parte mais importante no fabrico do queijo e só termina quando se chega à “coalhada”, ou seja, quando o leite solidifica de forma resistente. Este processo demora mais ou menos 60 minutos, devido à acção do cardo e a partir deste ponto está pronto a ser trabalhado.