Sítio desabitado foi outrora um local agrícola, onde a produção servia de sustento das famílias, que também criavam gado ovino. Ainda existem marcas e fui ao encontro desses marcos.
A AGONIA DO SANTUÁRIO.
Ninguém cuida daquilo que é de todos.
Os mais belos e frageis são os que mais facilmente se deixavam apanhar por estas armadilhas.
Para isso lá esta a formiga de asas que aparece sempre, precisamente, com o advento das
Deus aos armadores de ratoeiras, enviada expressamente para apanhar pássaros. E nem é preciso cavar nos formigueiros. Mal começa a chover, elas, vindos não sei de onde, aparecem por tudo quanto é sítio, no meio da povoação, no muros velhos e mesmo nas paredes das nossas casas.
primeiras chuvas. Eu acho mesmo que os simpáticos e utilíssimos bichinhos são uma oferta de
Ratoeira, costelo, costis, costelas, esparrelas... Arma-se a ratoeira num montículo de terra, com uma inclinação tal que seja bem visível do alto dos ramos, com a formiga de asa, vivinha, a mexer as asas transparentes, na ponta do araminho que prende a mola; e é vê-los, em voo picado, precipitarem-se, diretamente do pouso, em direção à ratoeira.
FOTO COM TODAS AS DORES
Deixei-me dominar pelo brio de bloguista de capturar a imagem que melhor demonstrasse a
tragédia que varre o que pertence a todos. Consegui, mas não ajudei a salvar uma vida.
O MAIOR BEM QUE SE POSSUI É A PRÓPRIA VIDA.
Quem te quis fazer desaparecer desta maneira?
A Convenção de Berna, ratificada para Portugal e regulamentada pelo D. L. 316/89, proibe a utilização destas armadilhas.
NENHUM CANTO É SAGRADO.
Um pássaro que cantou pela ultima vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a Terra. E, morrendo, sublima a própria agonia e solta um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorrio no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento.
Se prosseguírmos este caminho com estas incursões predatórias gratuitas, acabaremos por ficar irremediavelmente sós, sem grande benefício e em massa dos outros seres que connosco partilham este nosso único Lar no Universo, este belo planeta azul, que se chama Terra.
DEUS GANHOU UM LINDO ANJO. (FIM)