Depois das uvas apanhadas e pisadas, do período de fermentação tumultuosa do mosto agitado e dançarino e do vinho retirado para os pipos, fica o bagaço que vai servir para fazer a aguardente bagaceira.
Cobre-se o fundo do alambique com carqueja, enche-se com o bagaço e água em proporções.
Resgatar a nossa memória e dividir este prazer é o que buscamos a cada dia.
O passado também foi dinâmico, por isso é importante mantermos hoje, a chama que amanhã fará a história.Isto é a nossa adega!
A aguardente corre pelo bico de papagaio para um recipiente de vidro onde está o pesador a indicar graduação alcoólica.
Vai-se provando a aguardente, separando, a mais fraca, mas provando, provando, até atingir o ponto desejado.
Esta é uma aguardente de fabrico caseiro, a verdadeira bagaceira!
Que belo momento este, em que recordamos o lugar e as pessoas que amamos e que são importantes para nós!
É sempre bom saber, que os que estão longe sentem o nosso convívio mais perto!
Antes do almoço, assaram-se batatas, cebolas e bacalhau. Misturou-se tudo com bastante alho e o nosso magnífico azeite. Contamos histórias da vida, encostados às brasas...
Fez-se noite!
Comemos uma sopa de feijão e fatias de broa, por vezes, um pedaço de bacalhau. Saboreamos um branco moderado com um aroma nobre. Fizemos um brinde aos nossos!
Quanto à ementa, só mesmo quem a prova e vive, nestas alturas, sabe dar o valor ao azeite... Eu não sei o que é acidez, porque aqui, não se nota! É cá do nosso olival.