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21.8.11

DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA. A minha escolha.

Perdeu os pais era muito bebé. Tinha fome, mas não tinha penas. Não voava. Caiu do ninho do beiral do telhado. Os outros dois irmãos apareceram mortos no jardim. “Era um molhinho cinzento pousado no chão, que parecia respirar, ali mesmo junto a uma roseira”. “coloquei o animal entre os dedos, pus-lo na palma de uma das mãos, acalmei-lhe o coração com a outra, juntei a cabeça do pardal aos meus lábios para aquece-lo e fui para casa alimenta-lo”. Ele chorava, mexeu comigo. Imitei o som dos seus pais. Dei-lhe comida no bico, coloquei numa caixa sem tampa para tomar toda a liberdade e para morar. ... Sei que vai usa-la em breve. Sem grandes hipóteses de sobrevivência acabei por o adotar, Passeei com ele no ombro. As penas nasceram. De novo sinto que alguém vai partir... E mesmo consciente de que precisamos ser livres, só me resta ser plateia triste nesse dia. Começa a dar os primeiros rasantes e eu acredito que o ensinei a voar...
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.
Quando estes animais ficam órfãos, especialmente os animais silvestres, a intervenção humana pode ser necessária como única forma de manter a vida do animal. Os filhotes de animais silvestres vão-se adequando graduadamente a temperatura ambiente, e o processo de digestão e a produção de anticorpos pode ficar fatalmente comprometida se a temperatura corpórea não for mantida de acordo com o normal para a espécie.
Aqui está ele nos ombros da modelo Miriame. Quando o solta, anda de ombro em ombro a pedir comida. Basta pôr a língua de fora com alguma comida mastigada e ele vai lá e depenica tudo, sempre com cuidado para não nos aleijar. Pegar nele é complicado, não deixa, mas ele interage imenso connosco. Entre todos os pássaros, os mais irrequietos, os mais glutões, os mais atrevidos.
Penso que apesar de salvarmos a frágil vida destas doces criaturas, corremos o risco por ficarem muito mansas, caírem nas mãos de pessoas desalmadas que poderão prende-los ou mata-los.
A sua liberdade está acima de tudo.
Quem não fica admirando e com perplexidade na constatação do amor entre os humanos e todos os tipos de animais. A clareza destas fotografias, que são o meu apanágio, dá a conhecer que o amor é versátil para quem tem um coração do tamanho da nossa galáxia. Recebe a minha admiração, o meu carinho e o respeito de quem está convicto que gostar não é privilégio de quem está ao nosso lado. Mas que outros modos e outros caminhos nos permitem admirar alguém que mesmo de longe, ficamos rendidos a humanidade, solidariedade, sensibilidade da pessoa que demonstra ser versátil até no sentimento. A compaixão, a qual não permite que fiquemos indiferentes em relação aos outros. Relações de amizade, é entendido universalmente como a alienação do bem estar pessoal em favor do bem estar  alheio. Por estes momentos sublimes aqui vai um beijinho de carinho e amizade pura.
 Os dois são livres, mas querem estar juntos”.
 Deste longo processo de aprendizagem do homem com a natureza, fica a certeza de que só somos realmente livres quando somos nós a fazer as nossas escolhas, a decidir as nossas liberdades. Com a definição de liberdade, fecho a página, cuja resposta nos é dada ao longo desta conseguida narrativa: “Há lá maior liberdade no Mundo?”.
A pensar em quem quiser ter uma opinião sobre esta história verídica, proponho avaliação individual do trabalho apresentado.