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16.12.18

MÃE

Só tinha 91 anos e uma vontade de viver! Acho que nunca mais irei recuperar esta perda! « Nunca mais »! Tinha tudo aquilo que eu queria.
Deixou-me, por uns tempos, só para que eu possa pôr em prática tudo aquilo que me ensinou.
Mas, estou convencido que não a vou deixar ficar mal, onde quer que esteja. Sinto sempre a sua mão, indicando o caminho certo.
As cores que são alegres, também contam: as cores fortes, cores tristes... assim é a vida, marcando contrato com o tempo. Enfim… a tempo de plantar e de colher.
 Agradeço á minha Mãe, por me ter presenteado com uma linda família.
Mãe, com o pouco que você tinha, conseguiu edificar muitos castelos, não de betão, mas de dignidade, honra e decência, visível em cada um dos seus filhos.
 Muito abrigada por tudo!
O mínimo que posso fazer, é dividir com a família os tesouros que os meus Pais me deram, para não ver a família sofrer a ausência deste casal que viveu 61 anos, lado a lado, companheiros e amigos.  O amor pelos Pais é eterno! E a falta que eles fazem também!
Hoje protejo a família com mais força que antes. Tenho a certeza,  que o vazio da partida nunca se vai preencher.
O céu ganhou mais uma estrela.


23.11.18

Isto é a nossa adega.

Depois das uvas apanhadas e pisadas, do período de fermentação  tumultuosa do mosto agitado e dançarino e do vinho retirado para os pipos, fica o bagaço que vai servir para fazer a aguardente bagaceira. 
Cobre-se o fundo do alambique com carqueja, enche-se com o bagaço e água em proporções. 
Resgatar a nossa memória e dividir este prazer é o que buscamos a cada dia.
O passado também foi dinâmico, por isso é importante mantermos hoje, a chama que amanhã fará a história.
Isto é a nossa adega!
A aguardente corre pelo bico de papagaio para um recipiente de vidro onde está o pesador a indicar graduação alcoólica.
Vai-se provando a aguardente, separando, a mais fraca, mas provando, provando, até atingir o ponto desejado.
Esta é uma aguardente de fabrico caseiro, a verdadeira bagaceira!
As previsões meteorológicas parecem propícias para mais aventuras amanhã!
Que belo momento este, em que recordamos o lugar e as pessoas que amamos e que são importantes para nós!
É sempre bom saber, que os que estão longe sentem o nosso convívio mais perto! 
Antes do almoço, assaram-se batatas, cebolas e bacalhau. Misturou-se tudo com bastante alho e o nosso magnífico azeite. Contamos histórias da vida, encostados às brasas... 
Fez-se noite! 
Comemos uma sopa de feijão e fatias de broa, por vezes, um pedaço de bacalhau. Saboreamos um branco moderado com um aroma nobre. Fizemos um brinde aos nossos!
Quanto à ementa, só mesmo quem a prova e vive, nestas alturas, sabe dar o valor ao azeite... Eu não sei o que é acidez, porque aqui, não se nota! É cá do nosso olival.

9.10.18

Anos 50/60/70... Lembram-se?

. Se os Reguladores e os Burocratas de hoje estivessem certos, nenhuma das pessoas nascidas nos anos 50, 60, 70  e princípios de 80 poderia ter sobrevivido até aos nossos dias, PORQUE:
. As nossas mobílias tinham cores bonitas, eram pintadas com tinta  à base de chumbo que nós, muitas vezes,  lambíamos e mordíamos.

. Os telhados eram cobertos com chapas, que continham amianto.
. Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas «à prova de crianças», nem fechos nos respectivos armários.
. Podíamos sempre brincar com as panelas e os tachos.
.Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.

. Comíamos batatas fritas e pão com manteiga.
. Bebíamos água da mangueira do jardim, dos rios e não da engarrafada e... Sabia bem.
. Também consumíamos sumos de ananás e de maracujá, mas nunca engordávamos, porque estávamos sempre a brincar lá fora.
. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e não morríamos disso.

. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e, depois, andávamos a grande velocidade por uma rampa abaixo, para só então nos lembrarmos de que nos esquecemos de montar os travões. Com a pele esfolada, aprendíamos!
. Saíamos de casa logo pela manhã e brincávamos o dia todo, desde que regressássemos antes de escurecer.
. Estávamos incontactáveis e  ninguém se importava com isso.
. Não tínhamos "Play Station", nem "X Box", nem televisão.

. Não havia 200 canais na TV, nem filmes, nem vídeos, nem "home cinema", nem telemóveis, nem computadores, nem "DVD", nem "Chat" na Internet.
. Jogávamos à bola, ao elástico, ao lenço e à barra. Ao ferrinho. Tiro ao alvo - até doía!
 . Criávamos jogos com paus, bolas e pedras.
. Construíamos fisgas e papagaios coloridos.
. Se infringíssemos a Lei, era impensável contarmos com os nossos pais para nos defenderem/safarem. Eles estavam sempre do lado da Lei.
. Tínhamos amigos; se os quiséssemos encontrar, íamos à rua.
. Caíamos das árvores. Cortávamo-nos e até partíamos os ossos, mas jamais havia Processos no Tribunal.
. Havia lutas com punhos, mas nunca éramos processados.
. Batíamos às portas dos vizinhos, fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.

. Acreditem ou não, íamos a pé para casa dos amigos e para a escola: não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados/expeditos de sempre.
. Aqueles anos foram uma explosão de inovação e criatividade.

. Tínhamos a liberdade, o fracasso (que facilitava, a seguir) o sucesso, a responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
És um deles?
És uma delas?
PARABÉNS

Com amor e saudade, para todos os que eu vi partir, mas que jamais irei esquecer.
Texto e fotos de: Manuel Luís
Baseado na minha experiência de vida.
Pontos por: Beatriz de Bragança Santos


25.8.18

The Shadows - Riders In The Sky

Recordo aqui os tempos em que prestei provas numa rádio pirata sediada na garagem da casa do Quim Paulo, no planalto do Bié, com um projecto de mostrarmos as vozes a quem estivesse por casa “o som ia da garagem por fios”. Ouvir o “som da garagem” aos sábados à tarde era um ritual, um acto religioso. Antes preparavam-se as cassetes, preferencialmente de crómio, para assegurar a melhor qualidade sonora possível (havia que reservar uma suplente para que não se perdesse um só momento do programa). Minutos antes já a cassete aguardava no deck da aparelhagem o início do “som da garagem”. Os botões “play”, “rec” e “pause” ficavam pressionados, aguardando os primeiros sons do fabuloso «Sony» (muitos anos mais tarde substituído por «emissor de ondas curtas», oferecido). Depois das apresentações os acordos do grupo The Shadows, Riders In The Sky (mais tarde) e especialmente o compositor,Stan Jones para a grande sala. Não havia melhor tema para genérico do programa. Ouvir aquele 1’42” de puro virtuosismo arrepiava-nos da cabeça ao pés (ainda hoje o faz), mergulhando-nos bem fundo no maravilhoso universo da musica. Findo o genérico soltava-se o botão “pause” e entrávamos noutra dimensão, sob o mote “vamos ver o que se passa lá dentro de casa”. Gravávamos todo o programa e ouvíamos vezes sem conta. Obviamente reproduzíamos para os amigos, que repetiam o ritual de nos ouvir, impulsionando-nos para melhorar as vozes a uma velocidade vertiginosa. A vozes dos ouvintes também era gravada. Fazê-lo não era perder espaço na cassete, era ganhar em paixão. Cada sílaba, cada frase era voluptuosamente assimilada. Ouvir com atenção àquelas vozes quase hipnóticas, potentíssimas, “quentes”, “cheias” e envolventes transmitia-nos uma sensação de poder, de excitação, fazendo-nos sonhar em possuir semelhante dom. A professora de canto coral também ajudou.
Recordo aqui todos os que fizeram parte destes belos momentos.

1.8.18

Eclipse Lunar Total.

A Lua está no seu ponto mais próximo do centro da umbra da Terra.
Não foi do melhor a visibilidade, mesmo assim deu para registar a partir da umbra.
As poeiras e as luzes da Cidade, impediram uma boa focagem e uma boa visão na linha do horizonte numa noite de verão.
Uma extremidade da Lua sai da umbra terrestre.
Uma extremidade da Lua sai da penumbra terrestre. 
A Lua já sai totalmente da penumbra da Terra.
O nosso horizonte não é límpido. Temos árvores, prédios, colinas e muita luz o que não permitiu uma visualização completa, especifica.
Até 2100, não há outro igual, o difícil será vê-lo!



15.6.18

Um dia em cheio, uma batida fotográfica e muitos troféus.

As maiores praias do mundo com aquele cheiro à maresia que só o mar Português tem.
 
Este pequeno paraíso apesar do seu aspecto rústico e até um pouco selvagem, a praia do choupal, não assusta ninguém. Pelo contrário. Palco para uma serenata, é um verdadeiro recanto de natureza quase intocado, onde o rio Mondego passa.
Do outro lado do rio - vai bem com um copo de vinho ou com um pedaço do «melhor pão-de-ló do universo».
Desejei nestes instantes de observação que o rio se mantivesse isento de poluições e que a mudança de cor nunca fosse outra que não a cor da invernia.
Não levo destas matas milhões de árvores como talvez levasse de uma grande floresta  mas, estas, são as minhas árvores, aquelas que o pinhal me oferece em sinal de amizade.
Esta paisagem voltará a chamar por mim, quando plantar novas árvores, raiados de sol morno e quando os pássaros jovens cantarem pela primeira vez os silêncios de um pinhal verde.
 As fotos horríveis não são boas de ver....
Assim que chego à banca, sinto a presença do mar que se impõe de forma avassaladora!
Temos a humidade marítima…
...o melhor peixe do mundo...
… o cheiro a “maresia” e a maré vazia…
… e também o som das ondas, trazido pelo forte vento!
Sendo depois esse mar – o do impacto da chegada e o das memórias que trazemos connosco, muitas delas desde a infância…
… que renasce à mesa da minha casa.
Símbolo internacional de homenagem às vítimas de conflitos armados.

Meninos e meninas!!! O MUNDO é vosso!!!

Brinquem muito, estudem e ensinem os vossos pais a preservar o seu mundo e a respeitar os seus direitos.


26.4.18

Sei de onde vêm as flores! Do teu sorriso!

Como o canto do vento que ressoa nas pétalas.
A natureza é que manda.
Chegou a hora de sermos inteligentes e agarrar a última oportunidade, pois cabe-nos a todos preservar o planeta!
Por esses quintais adentro vou fotografando.
Como pequeninos mísseis alados, cortam o vento em manobras inesperadas e parecem nada temer. As asas visíveis, lançam o pólen, permitem grandes façanhas, até mesmo enfrentar misseis mil vezes maiores.
As borboletas são indiscutivelmente os insectos mais belos da natureza. Com uma beleza natural única, as asas podem ser de todo o tipo de cores e feitios, e é impossível não reparar nelas num jardim de flores, pois dividem o protagonismo com elas.
Um desfile de flores silvestres.
Descubra que existem outras flores no seu jardim.

As flores são tuas - senhor vulcão.

Seja flor na vida de alguém.
O campo será sempre o eterno paraíso para o fotógrafo andarilho de câmara na mão. A sorte do fotógrafo está na luz a incidir na beleza da flor. Momentos em que só há valor nos personagens, que é a de isolar a flor do plano de fundo, fazendo com que a composição se resuma ao motivo central. Os desafios são diferentes mas sempre divertidos. E uma actividade calma e sem photoshop.


23.3.18

Uma volta pelo Sul

Pedalaram 773,5 quilómetros sobre rodas. Os pedais tomaram conta do sul do país na 44ª edição da Volta ao Algarve.
Uma prova em Portugal, que consegue atrair os melhores do mundo.


“O melhor pelotão de sempre na Volta ao Algarve”.

“Um percurso que se adapta a esta altura da temporada”.
A disputa permitiu também a “oportunidade de ver grande parte dos melhores corredores portugueses que representam equipas estrangeira e foram escolhidos para estarem presentes nesta corrida”.
Os melhores campos de golfe disponibilizam ambientes naturais de muita beleza, aliados às melhores condições para a prática do golfe. Se 
as suas férias passam pelo sul do país, não perca a oportunidade de conhecer estes campos. 
Integrados num ambiente natural belíssimo, que o tornam um dos mais belos campos de golfe de toda a Península Ibérica. Independentemente do handicap do jogador, este campo proporciona a todos os praticantes de golfe uma experiência rica e desafiadora.
Uma caminhada neste triângulo dourado é sempre inspiradora. Embora predominem relvados e campos de golfe, é por estas bandas do Algarve que existe, a maior concentração de jardins, compostos, sobretudo, por muitas das nossas plantas, e muitas outras originárias de regiões do mundo com o mesmo clima Mediterrânico.
A magia de ser um campeão, é eternizada por uma bandeira!
Amanhã, se eu for campeão, chorarei todas as minhas lágrimas, a minha existência ficará leve, a minha casa estará a salvo das finanças. Como campeão vou ao paraíso. Faço um cruzeiro, a casa de todos os amigos. Os ladrões deixam de existir.
Como são bonitas as tardes de Março no sul! O céu está agora azul e gosto delas pintadas de laranja, mas neste momento de primavera outra cor se impõe, pois a esperança, as praias, as montanhas as flores e as florestas Portuguesas são e serão sempre o meu local para fotografar e conservar...