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10.5.19

Oliveiras e Alfarrobeiras

Um misto de respeito e perplexidade são inevitáveis quando se observa um dos seres vivos mais antigos de Portugal. Foi recentemente datado como tendo a espantosa idade de 3350 anos, como se pode ler na página online do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas. É uma oliveira. A sua sombra, certamente, acolheu celtas, iberos, lusitanos, celtiberos, cónios, romanos, visigodos, alanos ou árabes que se alimentaram das azeitonas que produziu. É contemporânea do faraó Ramsés II e de Moisés (1250 anos a.C.).
Pela quantidade de floração pode vir a ser um bom ano de azeite. Faltam umas chuvinhas para ajudar.
As árvores tradicionais - oliveiras - saltaram do campo para a cidade para ornamentar praças e jardins, depois de as palmeiras importadas do Norte de África começarem a morrer, atacadas pelo escaravelho.
Descobrir a beleza da flor de uma alfarrobeira macho.
Portugal é o terceiro produtor mundial de alfarroba, em expansão. Sobre as plantas ornamentais, lamento o facto de os empreendimentos turísticos se encontrarem rodeados de jardins com palmeiras que vão buscar lá fora, importando pragas e ignorando as coisas bonitas de cá. A alfarrobeira, é um arbusto, só é uma árvore se for podada. Por isso, defendo o seu uso na arquitectura paisagista, como planta ornamental. O que é necessário é encontrar variedades que se adeqúem ao jardim, que não sejam produtivas". Os bravos, crescem rapidamente e só dão flor
A parte mais valiosa do fruto é a semente que se utiliza na indústria farmacêutica, alimentar e cosmética.
A polpa tem sido essencialmente utilizada na alimentação animal e a sua farinha é usada como antidiarreico. Ultimamente utiliza-se como substituta do cacau no fabrico de chocolate.