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9.10.18

Anos 50/60/70... Lembram-se?

. Se os Reguladores e os Burocratas de hoje estivessem certos, nenhuma das pessoas nascidas nos anos 50, 60, 70  e princípios de 80 poderia ter sobrevivido até aos nossos dias, PORQUE:
. As nossas mobílias tinham cores bonitas, eram pintadas com tinta  à base de chumbo que nós, muitas vezes,  lambíamos e mordíamos.

. Os telhados eram cobertos com chapas, que continham amianto.
. Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas «à prova de crianças», nem fechos nos respectivos armários.
. Podíamos sempre brincar com as panelas e os tachos.
.Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.

. Comíamos batatas fritas e pão com manteiga.
. Bebíamos água da mangueira do jardim, dos rios e não da engarrafada e... Sabia bem.
. Também consumíamos sumos de ananás e de maracujá, mas nunca engordávamos, porque estávamos sempre a brincar lá fora.
. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e não morríamos disso.

. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e, depois, andávamos a grande velocidade por uma rampa abaixo, para só então nos lembrarmos de que nos esquecemos de montar os travões. Com a pele esfolada, aprendíamos!
. Saíamos de casa logo pela manhã e brincávamos o dia todo, desde que regressássemos antes de escurecer.
. Estávamos incontactáveis e  ninguém se importava com isso.
. Não tínhamos "Play Station", nem "X Box", nem televisão.

. Não havia 200 canais na TV, nem filmes, nem vídeos, nem "home cinema", nem telemóveis, nem computadores, nem "DVD", nem "Chat" na Internet.
. Jogávamos à bola, ao elástico, ao lenço e à barra. Ao ferrinho. Tiro ao alvo - até doía!
 . Criávamos jogos com paus, bolas e pedras.
. Construíamos fisgas e papagaios coloridos.
. Se infringíssemos a Lei, era impensável contarmos com os nossos pais para nos defenderem/safarem. Eles estavam sempre do lado da Lei.
. Tínhamos amigos; se os quiséssemos encontrar, íamos à rua.
. Caíamos das árvores. Cortávamo-nos e até partíamos os ossos, mas jamais havia Processos no Tribunal.
. Havia lutas com punhos, mas nunca éramos processados.
. Batíamos às portas dos vizinhos, fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.

. Acreditem ou não, íamos a pé para casa dos amigos e para a escola: não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados/expeditos de sempre.
. Aqueles anos foram uma explosão de inovação e criatividade.

. Tínhamos a liberdade, o fracasso (que facilitava, a seguir) o sucesso, a responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
És um deles?
És uma delas?
PARABÉNS

Com amor e saudade, para todos os que eu vi partir, mas que jamais irei esquecer.
Texto e fotos de: Manuel Luís
Baseado na minha experiência de vida.
Pontos por: Beatriz de Bragança Santos


19 comentários:

Carmo Santos disse...

Sim. Eu sou uma delas. Dessas pessoas que viveram nessa época maravilhosa. Foram muitos os amigos a quem perdi o rasto, mas, acaso do destino, reencontrei alguns deles ao fim de 45 anos( ou talvez mais um pouquinho). Eu sou a prova viva em como estive lá. Estou na segunda foto, a primeira do lado esquerdo. Obrigada Manel por mais uma fantástica partilha. Obrigada pelo nosso reencontro. Parabéns pelo modo como tão bem testemunhas essa época tao especial para todos nós. Bjs

Afrodite disse...


Também vim dizer presente! :))
Que reportagem fantástica aqui partilhas, imagino a nostalgia que elas te devem trazer!

Estão é ali uns bolos em cima da mesa a rir-se para a gente! Corta lá uma fatia para mim para acompanhar um copo de leite morno antes de me ir deitar! 😊

Beijinhos e sorrisos
(^^)

chica disse...

Que bela nostalgia e quanto a ver de detalhes nas fotos daquela época.. Gostei muito! abraços, tudo de bom,chica

Majo Dutra disse...

Tempos da ''outra senhora'' muito bem descritos, com uma ironia muito agradável...
O mundo realmente, tornou-se mais poluído e contaminado.
Gostei de ver o álbum de família...
Dias de Outono muito felizes.
Abraço amigo.
~~~~

Elvira Carvalho disse...

Excelente reportagem de outros tempos.
Diziam os nossos avós, que o que não mata engorda. E hoje os médicos dizem que cada vez há mais doenças, porque as pessoas são tão protegidas, é tudo tão esterilizado à sua volta, que o corpo não gera anticorpos, não tem defesas.
Eu vivi 13 anos num barracão com cobertura de amianto. Meus pais viveram lá quase quarenta anos. Meu pai morreu com 92 anos e não foi de cancro. Minha mãe com 88 e também não foi de cancro.
Enfim não vamos com isto dizer que naquele tempo é que a vida era boa. Era muito má até. Mas a civilização trouxe tantas coisa também trouxe muitas más.
Abraço

Os olhares da Gracinha! disse...

Sim...eu sou e faço parte destes olhares onde há saudade ... sorriso e lágrimas !!!
...
És uma pessoa atenta e fazes parte dessa geração maravilhosa de quem aprendeu a saber VIVER e desfrutar dos momentos!!!
...
Obrigada primo por tão bela partilha!!!
Bj

Mariazita disse...

Excelente texto do brasileiro Maro Mannes, que tenho guardado desde 2011, muito bem ilustrado por preciosas fotos - um verdadeiro espólio de muito valor. (Adoro fotos antigas)

Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS


Maré Viva disse...

Belíssimo post por muitos e variados motivos. Gostei das fotografias e relembrei com saudade esses tempos em que nunca nos sentíamos sós. Obrigada, Manuel Luis.


Teresa Almeida disse...

Um texto que leva o leitor a querer evadir-se e a viver com a naturalidade que palpita nas palavras.
Excelente revisitação de memórias, amigo Manuel Luís. Sei do que se fala. Sou da aldeia. Sou de Trás-os-Montes.

Beijos.

Beatriz Bragança disse...

Uma bela reportagem fotográfica a ilustrar um texto onde me revejo.
Também vivi muitas dessas experiências.
Como tudo era diferente!
Gostei imenso de reviver o passado: obrigada.
Um abraço
Beatriz

María disse...

La verdad es que son entrañables las fotografías de momentos para recordar.

Muy bella entrada.

Un gusto tenerte en mi rinconcito.

Besos.

Duarte disse...

Todo um êxito poder recolher todos estes testimonios fotográficos. Os meus parabéns.
Estou convencido de que éramos muito mais felizes e sem correr tantos riscos.
Um abraço

tulipa disse...


OLÁ
de tudo o que escreveste apenas isto me interessa:
Tínhamos amigos; se os quiséssemos encontrar, íamos à rua.

Infelizmente hoje não há amigos em lado nenhuma, nem na rua, nem na escola, enfim
Uma solidão que mata!

Para não morrer tão depressa
vou passeando
e quando não passeio, vou recordando os passeios que fiz

Tens essas RELÍQUIAS DE FOTOS
que eu não tenho

Mais um domingo que termina e uma nova semana começa
Começam também as aulas e, o tempo vai ser menos

HOJE vim aqui
e gostei de ver este teu espaço.

Por aqui, novidades:
post novo:
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/

e, aqui:
http://meusmomentosimples.blogspot.com/

Beijinho da Tulipa

Graça Pires disse...

Um tempo tão diferente ao qual também pertenço. Adorei tudo.
Uma boa semana.
Um beijo.

Carmo Santos disse...

Olá Manel!Hoje voltei para te dedicar um poema.

Existe somente uma idade para nós sermos felizes,
somente uma época na vida de cada pessoa,
em que,é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá los,
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para nos encantarmos
com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutarmos tudo com toda a intensidade,
sem medo, nem culpa, de sentir prazer.

Fase dourada em que nós podemos criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestirmo-nos de todas as cores
e experimentarmos todos os sabores
e entregarmo nos a todos os amores
sem preconceito, sem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que nós enfrentamos com toda a disposição
de tentar algo Novo, de Novo e de Novo,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na nossa vida
chama se Presente
e tem a duração do instante que passa.


Com todo o meu carinho sempre

Maria Santos

saudade disse...

Também sei o que era viver assim.... E éramos tão mais felizes...
Saudade

Ana Freire disse...

E até aos anos 80, ainda foi bem parecido... depois... tudo começou a mudar... para muito pior... hoje temos miúdos, com excesso de peso, viciados em jogos, com pouca capacidade para socializar, agarrados às novas tecnologias de forma compulsiva, e completamente desligados da realidade... com pouca capacidade de concentração, por muito tempo... com excesso de atitude... para parecer bem na foto do face... e inventando a próxima idiotice, que garanta, um monte de likes...
Enfim... serão os novos habitantes, de um mundo assustador... com pouca sensibilidade, pura inconsciência... e a esquivar-se de cultivar a responsabilidade...
Hoje temos, miúdos... que nasceram com tudo... e contudo... tudo lhes falta...
Adorei o post, que me fez também viajar ao passado...
Beijinho! E depois de uns tempos mais ausente da net... para não me esquecer totalmente, de como foram os tempos antes dela... cá estou de volta!...
Tudo de bom!
Ana

Majo Dutra disse...

Grata pelas palavras de apoio que deixou no Refúgio.
Ao tempo! Pensei que andava por terras do Bié, ou Kuito...
Gosta de apreciar Flamenco?
Então ''vivencie a vida'' e treine a sua expressão escrita.
Dias magníficos.
Abraço afetuoso.
~~~~

jorge esteves disse...

Misturei a saudade com umas saborosas gargalhadas! Muito bem visto!...
E o que mais houvera para contar!
jorge

www.tintapermanente.pt