Antigamente, o dia da matança do porco era um dia de festa familiar. Uma festa enraizada nas tradições das famílias camponesas.
Comprava-se o porquinho na feira para engordá-lo e depois mata-lo no fim do Ano.
Hoje os tempos são outros e os hábitos e costumes sofreram alterações.
A atual legislação, com a entrada de Portugal na união Europeia, veio impor regras apertadas à tradicional matança do porco em local doméstico, mesmo que a sua carne seja somente para consumo familiar. As instituições que defendem os direitos dos animais consideram esta prática inaceitável. Contudo, na nossa memória coletiva, a matança do porco continua associada aos festejos rurais, à própria cultura, quando familiares e vizinhos se juntavam para partilhar um dia de convívio à volta de um animal que era, sobretudo, a base da alimentação das famílias do campo que viviam da agricultura de subsistência.
Se quiserem conhecer pormenores do ritual da matança nas diversas regiões do País têm de perguntar às avós quais eram os comeres de maior prestígio. No caso de estarem longe desses parentes queridos façam o favor de ler Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, Azinhal Abelho.
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