Antigamente, o dia da matança do porco era um dia de festa familiar. Uma festa enraizada nas tradições das famílias camponesas.
Comprava-se o porquinho na feira para engordá-lo e depois mata-lo no fim do Ano.
Hoje os tempos são outros e os hábitos e costumes sofreram alterações.
A atual legislação, com a entrada de Portugal na união Europeia, veio impor regras apertadas à tradicional matança do porco em local doméstico, mesmo que a sua carne seja somente para consumo familiar. As instituições que defendem os direitos dos animais consideram esta prática inaceitável. Contudo, na nossa memória coletiva, a matança do porco continua associada aos festejos rurais, à própria cultura, quando familiares e vizinhos se juntavam para partilhar um dia de convívio à volta de um animal que era, sobretudo, a base da alimentação das famílias do campo que viviam da agricultura de subsistência.
Se quiserem conhecer pormenores do ritual da matança nas diversas regiões do País têm de perguntar às avós quais eram os comeres de maior prestígio. No caso de estarem longe desses parentes queridos façam o favor de ler Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, Azinhal Abelho.
https://www.deco.proteste.pt/alimentacao/seguranca-alimentar/noticias/matanca-porco-abate-outros-animais-fora-matadouro-possivel-tem-regras
5 comentários:
This touches on such a profound cultural paradox—how traditions that once ensured survival now live in our memory as celebrations of community. The pig slaughter (*matança*) wasn’t just about food; it wove families and neighbors together in shared labor and storytelling. Yet today, that same act feels distant to many, caught between nostalgia and evolving ethics. Your words capture this tension beautifully—the way history lingers in our bones, even as the world changes around it."
A ritual of necessity turned sacrament of belonging. The *matança* lives in memory now—less about the slaughter than the hands that worked together, the stories traded over fire and fat. What survives isn’t the act, but the echo of community it forged.
Adorei tua visita lá no blog! Obrigadão! Fazia tempo! Essa matança me dá muita pena...Já ouvi de longe e o porco gritava demas,Me apavorei!
abraços praiaqnos, tudo de bom,chica
Oi Manuel Luis
Obrigada da presença .Esteve fora do blog e voltou com uma matança boa . Olhando assim a sangue frio dá uma certa estranheza ter que se alimentar com a carne deles.
Bem vindo e boa semana .
Olá, boa tarde, Manuel! Não, acho horrível. Quando vivia na antiga casa, a vizinha tinha essa tradição, só de ouvir, ainda hoje, ouço os guinchos. É uma barbárie. Há anos que não como carne de animal nenhum. Dispenso! As mentalidades têm de mudar. Bom fim de semana.
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